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BRASIL

 
A República Federativa do Brasil é o terceiro maior em área e o segundo mais populoso país das Américas. Sua área total é de 8.514.876 km² e sua população é de aproximadamente 188 milhões de habitantes. Os únicos países sul-americanos que não fazem fronteira com o Brasil são o Chile e o Equador.  O Brasil é dividido em 26 estados, e um Distrito Federal, Brasília, e é subdividido em 5.564 municípios autônomos. 
Apesar de ser o quinto país mais populoso do mundo, o Brasil apresenta uma das mais baixas densidades populacionais, 22 hab/km2. A maioria da população vive a menos de 100 quilômetros do litoral. Estão nessa faixa quase todas as grandes cidades, como São Paulo, o Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Fortaleza e outras. A parte ocidental do país, principalmente a Amazônia, tem baixa densidade demográfica.
O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro é de US$ 8.049 per capita.

Fonte: Wikipédia.com



CULINÁRIA BRASILEIRA: O SAMBA DO CRIOLO DOIDO

A culinária brasileira é resultado de 500 anos de misturas e mestiçagens de várias raças. É como se vivêssemos em um imenso caldeirão cultural, no qual se destacam ingredientes portugueses, indígenas e africanos.

Influência indígena
O bolo de milho, a mandioca frita crocante e o  saboroso e macio palmito fazem parte do nosso cardápio por causa dos índios. Devemos ainda aos nativos o gosto por outros produtos típicos da terra, como caju,  pitanga e jabuticaba, além de outras dezenas de frutas encontradas de norte a sul do País.
Influência africana
Os africanos também foram responsáveis pela introdução, em nossa culinária, do coco, das pimentas, do azeite-de-dendê e da banana.
Influência portuguesa
Setor dominante da sociedade que se estruturou no Brasil a partir de 1500, os portugueses foram os responsáveis pela maior parte de nossas receitas básicas e pela introdução e uso de vários ingredientes europeus e asiáticos. Podemos citar vários exemplos: o arroz e as frutas cítricas, além de temperos como a pimenta-do-reino, a noz-moscada, a canela e o cravo. Também herdamos dos colonizadores o costume de comer embutidos. Foram eles que ensinaram o brasileiro a consumir o trigo, as carnes de boi e carneiro, as sopas e caldos, além de algumas frutas (figo, romã, amora, pêssego) e hortaliças (alface, nabo, repolho).



UM SABOR PARA CADA REGIÃO
Os pratos amazônicos
A principal influência é indígena. O famoso pato no tucupi, o prato mais típico do Pará, é um exemplo. O tucupi é um suco extraído da mandioca durante o processo de fabricação da farinha e faz com que o pato fique com um gostinho todo especial. No Estado do Amazonas, as receitas são predominantemente feitas à base de peixes. Entre os pratos mais interessantes estão os pouco ecológicos mixira – peixe-boi ou tartaruga assados na própria banha e conservados em potes de barro lacrados - e paxicá, feito com fígado de tartaruga temperado com limão, sal e pimenta-malagueta.
Quem quiser vatapá...
Nessa região, as várias influências se misturaram de maneira harmoniosa. Os destaques ficam com as comidas feitas com milho, como canjica, pamonha, e cuscuz, e ainda mais: paçoca de carne-seca com farinha e diversos doces caseiros feitos de leite e de frutas, preparados em calda ou cristalizados. A diversidade da região é tão grande que é possível montar um interessante quadro:


Paraíba
Buchada de carneiro, o cuscuz de milho e o peixe seco com pirão de farinha e leite de coco.
Pernambuco
Sarapatel (miúdos e sangue de porco ensopados), galinha de cabidela (carne de frango ou galinha cozida no próprio sangue) e carne-de-sol com feijão-verde.
Alagoas
Sururu de capote, um marisco que vive na lagoa de Mundaí, servido na própria casca.
Sergipe
Sopa, especialidade da região, que lembra as sopas portuguesas. A receita leva couve, repolho, cenoura, batata, abóbora e macaxeira. Essa sopa deve ser servida sobre uma outra especialidade local: pão frito em gordura.
Bahia
Os baianos possuem pratos quentes, fortes e coloridos, de grande influência africana. Os mais conhecidos são: o vatapá, feito com peixe ou galinha, leite de coco, camarões secos e frescos, pão de véspera, amendoim e castanha de caju torrados e moídos, temperados com azeite-de-dendê; o caruru – refogado de quiabos com camarões secos, peixe, azeite-de-dendê e pimenta –; a moqueca de peixe ou camarão; o acarajé – bolinho de massa de feijão-fradinho, frito em azeite-de-dendê, servido com molho de pimenta, cebola e camarão seco –; e o xinxim de galinha (pedaços de galinha com camarões secos, sal, cebola e azeite-de-dendê).


Os sabores do Centro-Sudeste
No Espírito Santos são famosas a  moqueca e a frigideira capixabas, que misturam peixes, mexilhões e crustáceos, assim como os doces caseiros de frutas ou leite.
O cultivo de hortas e a criação de pequenos animais, como o porco e a galinha, deram a base para a cozinha mineira. O feijão-tropeiro é um exemplo da culinária mineira, além do tutu de feijão, do feijão-tropeiro (pratos cujos ingredientes principais são o feijão, a farinha de  mandioca e o toucinho de porco) e da galinha ao molho pardo. Para completar a variedade da culinária mineira, há ainda os doces de fruta em calda (laranja, figo, cidra, mamão, abóbora...), o queijo branco, o doce de leite e o famoso  pão-de-queijo.
Rio de Janeiro lembra feijoada, prato mais popular da cozinha brasileira. Ela varia de uma região para outra, mas a mais conhecida é a carioca: feita com feijão-preto e servida com couve picada, laranja e farinha de mandioca, crua ou como farofa.
Em São Paulo, graças à influência de imigrantes italianos, que começou o consumo de alguns produtos comuns na nossa mesa hoje, como a alcachofra, o alecrim, a berinjela e o orégano. São Paulo ainda é marcada pela variedade gastronômica. Come-se de tudo na cidade. Da legítima macarronada da mama ao cuidadosamente preparado sashimi japonês.
O arroz com pequi é o mais tradicional prato goiano. O pequi é uma fruta típica do cerrado brasileiro, com sabor e perfume inconfundíveis, e serve de ingrediente para alguns pratos preparados em outros locais, como no norte de Minas. Na mesa goiana, também são presenças constantes o frango com quiabo e a carne de porco preparada de diferentes modos.

Terra do barreado e do churrasco
Os pratos que paranaenses, catarinenses e gaúchos consomem são basicamente os mesmos de seus ancestrais europeus. As salsichas e embutidos de origem alemã, as massas trazidas da Itália e o consumo da batata formam a base da culinária de boa parte da população sulina.. Entre os poucos pratos com gosto realmente brasileiro, podemos citar o barreado. Receita típica do Paraná, é feita de carne – em geral cordeiro, bezerro ou cabrito – cozida durante 12 horas dentro de uma panela hermeticamente fechada, e servida com farinha de mandioca, banana, laranja e arroz.
Já o Rio Grande do Sul é responsável por um dos mais conhecidos e representativos pratos do Brasil, apreciado em todas as regiões: o churrasco. Mais do que uma receita típica, o churrasco é quase um ritual, que começa no dia anterior, com a escolha da carne e a vistoria da churrasqueira. No dia marcado, tudo deve estar pronto: o braseiro bonito, os aperitivos para abrir o apetite e os espetos com os vários tipos de carne. Essa carne deve ser apreciada sem pressa, de preferência ainda na tábua de corte. É coisa para a tarde inteira: comer, beber, jogar conversa fora. Um verdadeiro retorno às ancestrais reuniões em torno do fogo.